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A Vingan​ç​a do Bicho do Mato (LP, 2016)

by Bicho do Mato

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  • Compact Disc (CD) + Digital Album

    CD "A Vingança do Bicho do Mato" num bonito digipack com booklet com letras, imagens e ilustrações de Alexandre Tavares.

    CD "A Vingança do Bicho do Mato" in a lovely digipack with a booklet with lyrics, images and illustrations by Alexandre Tavares.

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1.
MÃOS DE ARANHA COXA Fui aranha coxa na chuva de verão De pata ao peito, grades no coração Se é que o tenho Sei que a teia é só um lençol Ou talvez enleio tosco de um aranhol Ou teia que virou colcha Para mim, aranha coxa Fui aranha coxa numa teia qualquer Espectadora no processo de envelhecer Velha para a vida, nova para morrer À espera que a sorte mude o que acontecer Cabe a vida numa trouxa Pobre aranha coxa Com mãos de aranha Com mãos de aranha coxa Eu vou tecendo Vou tecendo Velha para a vida, nova para morrer À espera que a sorte mude o que acontecer Ou que alguém varra atrás da porta E eu vire aranha morta Com mãos de aranha Com mãos de aranha coxa Vou tecendo
2.
A Galinha dos Ovos de Ouro A galinha dos ovos de ouro tem prisão de ventre Já não choca os ovos dos galos indecentes Cacareja em gozo Mente com todos os dentes A galinha dos ovos de ouro tem prisão de ventre A galinha dos ovos de ouro tem prisão de ventre Ou lhe deu preguiça ou o galo é impotente Se a comes não tens nada Se esperas, ficas doente A galinha dos ovos de ouro tem prisão de ventre Aperta o rabo Não dês nada a quem te rouba e te mente A galinha dos ovos de ouro tem prisão de ventre Por mais que a apertem, ela fica indiferente Fica ali sentada Até ter o rabo dormente Mente A galinha dos ovos de ouro tem prisão de ventre
3.
VACA SAGRADA DE TETAS ESPREMIDAS "Corre, salta, pula", diz a vaca ao padrasto Um ditador faminto não come aqui no meu pasto Que esta minha orquestra não precisa de batuta Dou-te um pontapé e chamo-te filho da... "Corre, salta, pula", diz o papa ao presidente Só se é culpado se não provado inocente Só come dos cornos quem nunca provou do peito Três vivas do povo, que o ladrão já foi eleito Vaca sagrada de tetas espremidas Corre esse leite em bocas nefastas Vaca sagrada de tetas espremidas Já não dás leite, também já não pastas "Corre, salta, pula", diz o santo ao pecador Por mais fome que passes, sê honesto e de valor Ajuda quem te ajuda, não mates quem te odeia Dizes tu, meu santo, sempre de barriga cheia "Corre, salta, pula", diz o senhor engenheiro O prestígio que dá ter um país para mealheiro A vaca é sagrada, é espremer enquanto dá Vais lá ver do leite, já só o lugar lá está
4.
Mosca Sem Asa Com as mãos atadas atrás das costas Subi encostas, trepei montanhas Trouxe da besta fracturas expostas E os restos das suas entranhas Enterrei machados de guerra Subi a serra nas costas de uma mula Hibernei pela primavera Como uma fera que só come por gula Com os pés atados a este fado Fui encontrado a cavar rios Num mar de cios encurralado Como um castrado a ver navios Enterrei machados de guerra Subi a serra nas costas de uma mula Hibernei pela primavera Como uma fera que só come por gula Não sou dos que fogem à luta Na tentativa de evitar a derrota Como um mosquito que não pica Mosca sem asa que não se enxota Ai, não se enxota nem cai Chupando o sangue de outra vida Na ferida de onde esvai Não se enxota nem cai Chupando o sangue Na ferida de onde sai
5.
Pato Psicopata Dizia o pato para a pata adormecida Um dia hei-de levar-te até à mata E debicar-te essa asa ferida Dizia apaixonado o pato psicopata E a pata fugia com medo para longe Mas continuava a olhá-lo à socapa Ele insistia com paciência de monge Ela seguia-lhe o rasto por um mapa E o pato amola a faca que a há-de matar Mas pato que afia a faca Perto da sua pata Não a quer matar Não a consegue espetar Grasnava o pato ao longe De bico aberto em cascata Vida de homicida Do pato psicopata Ele que nunca sentira remorsos Nem no mais macabro dos cenários Esteve preso muitos anos na gaiola Por matar meia dúzia de canários Já nem grasnava isto com aquilo Nem flutuava nos lagos da razão E no tronco onde enforcara um esquilo Debicou lentamente um coração Pato desorientado, pára de hesitar Pato que ainda hesitas Junto a penas bonitas Tira-lhe o grasnar Não a consegue espetar Grasnava de faca em punho E asa imóvel frente à pata Sem tino de assassino O pato psicopata E a pata rouba-lhe a faca E grasna que o amor mata
6.
Os Ossos no Portão da Cova do Cão Fui à porta de um problema ver se estava mal Subverter o meu sistema, tornar-me ilegal E construir no meio do campo uma casa para mim Plantar e colher os frutos, ver onde é o fim Deixar o dinheiro, não ligar ao material E tentar viver sem aquilo que hoje é normal Mas o problema não abria a porta e eu ali A ver se podia entrar ou voltar de onde vim Queria derrubar governos, ser Miss Universo Queria ver tudo a comer do bom e do inverso Sem ladrões nem oprimidos, tudo a desbundar E gente que arregaça as mangas se é para trabalhar Vi-te a carregar os mortos para a cova do cão Vi-te a espalhar ossos pelos cantos do portão A selva fez-te mal à cabeça Tenta controlar O ímpeto imperialista de tudo mudar A selva da tua consciência tenta responder A vida não é uma ciência, é sobreviver O tempo passa no acaso Tens que trabalhar Comer, dormir, beber, fornicar E ter de respirar Mais cedo que tarde, logo vieram dois ladrões Tentar gamar às escondidas os ossos dos portões E eu sentado não fiz nada Foi-se a teoria E esta porcaria toda era uma utopia Já me lixei
7.
Libelinha 03:53
Libelinha Libelinha, onde vais tu? Esvoaçando em lado nenhum Não esforces as asas Quando estás em jejum Libelinha, tenta parar Onde sintas que é o teu lugar Não fujas das plantas Onde queres pousar Libelinha, onde estou eu? E o que foi que me aconteceu Como vim parar a este deserto Sem ninguém por perto a olhar? Libelinha, esconde-te aqui Há sempre um lugar para ti Nas flores sem cheiro Deste meu jardim Libelinha, pousa no chão Entre o lixo e a confusão Em cada problema Há sempre solução Libelinha, vem para sul Onde o céu é sempre azul Ainda vais parar num inferno sem mar Onde só te resta lamentar Voa no alcatrão O teu poço é o meu chão Tu podes voar e eu não Fico aqui à espera que alguém Me estenda a mão Que me ergue do chão
8.
A Toupeira 03:13
A TOUPEIRA Rastejei na lama Era uma toupeira normal Até fiquei presa Na lama do quintal De um soldado louco Que há bem pouco Mandava tiros para o ar Matou uma gaivota Que furou o telhado Da prisão da aldeia E libertou o soldado Que anda louco à caça De uma garça Que nem sequer estava lá E eu, toupeira rasa Vou tentando escapar Mas quando a terra é mole Mais me custa furar E o soldado falha a garça Do céu vê-se a gaivota a cair E bate no bidé Cai-me aqui ao pé E já consigo fugir Consigo fugir
9.
DONINHA PERFUMADA Vem, doninha perfumada Espalhar esse misto De excesso de odor com fulgor Vem, doninha perfumada Explorar a floresta Dormir uma sesta, o que for Vem e não tenhas medo Que esse teu segredo Está guardado em mim Vem, doninha perfumada Fugir da manada De mão dada com o teu amor Vem, doninha perfumada Esquecer-te do nada Que se misturava com a dor Vem e não tenhas medo Que esse teu segredo Está guardado em mim Vem, doninha perfumada Não fiques sentada À espera na esfera do breu Vem, doninha perfumada Seguindo esta estrada Que liga o teu cheiro ao meu Vem e não tenhas medo Que esse teu segredo Está guardado em mim
10.
RAPOSA MATREIRA Velha raposa matreira de saco azul na pata Sofisticada gatuna de fato e gravata Usa a lei da sedução com o seu ar pernalto Esquiva nas tocas da lei, legaliza o assalto De saco cheio a descansar À sombra da bananeira A velha raposa matreira No meio do mato urbano na caça burocrática Usa perfume de marca e atitude simpática Tem protecção do governo, ouro ao preço do cherne Compra o silêncio dos bois com vacas de alterne
11.
A Ratoeira 02:58
A RATOEIRA Sujam as mãos na constituição com a tinta fresca Discutem toda a situação numa mansão burlesca Gastam recursos a dar discursos e emprego verbal Dizem que é normal Ter um mar sem sal Projectam-se no céu e dizem-nos que foi milagre Vão tentando adoçar-nos a boca com vinagre E o tempo é passatempo de antena sem sinal A crise é viral Dizem que é normal Que o dia de amanhã já nasça hipotecado Por isso tem cuidado A ratoeira espera-te no fim O produto interno é bruto mas a mim não chega nada Só me enchem os ouvidos com estatística burlada Quando o estado do país se vê no móvel às moscas Lâmpadas já foscas Porcas já sem roscas E eu confio o futuro a um ou outro desconhecido Que só diz o que seria se fosse o que tinha sido E o dia cai com a minha bolsa em fraca cotação Sou empresa sem acção Ou cláusula de rescisão E o dia de amanhã já nasce hipotecado Por isso tem cuidado A ratoeira espera-te no fim
12.
ESCORPIÃO AMÁVEL Escorpião amável, dás Toques de Satanás Não agites a tenaz para os mortos Escorpião amável, és saco de pontapés Tomam-te por má rês Dentes tortos Num deserto casto havia a quem morder Pelo gosto de o fazer Escorpião amável seguia sem perceber Todo o mal que viu fazer Corpos espalhados, alguns em putrefacção Engolidos pelo chão Escorpião amável seguia na multidão Indiferente à situação Escorpião amável, dás Toques de Satanás Não agites a tenaz para os mortos Escorpião amável, és saco de pontapés Tomam-te por má rês Dentes tortos Por mais mal que haja nas veias do escorpião Não se pica sem razão Traidores sem tino que fogem a ser quem são Cabeça ao nível do chão Foge da elite com cancro intelectual Amantes do dizer mal Chupadores do sangue da veia sentimental Gonorreia emocional
13.
A VINGANÇA DO BICHO DO MATO Vinha a mula carregando a tralha dos humanos Ficou a meio caminho, ou se cansou ou morreu Pobre mula que subias a torre de babel Não carregues esse fardo que nunca será teu Vinha a galinha puxando ladeira acima Planeando a vingança com a mula cansada E os humanos descansados a comer omeletes Levaram coices da mula até não comerem nada Eu sou bicho do mato Não me lixem a cabeça a menos que o mereça Sou bicho do mato E o que for que aconteça, não há quem não mereça Pastava o boi sossegado num campo de golfe Cú virado para a metrópole civilizada Entre uma bosta e outra, nascia uma couve Logo mataram o boi e a couve virou salada Vinha o pato psicopata de mão dada com a pata Cortaram-lhes o pescoço para fazer um petisco Juntaram-se logo gansos de volta do assassino E artilhados pela raiva, debicam-lhe o menisco Eu sou bicho do mato Não me lixem a cabeça a menos que o mereça Sou bicho do mato O que for que aconteça, não há quem não mereça

about

Bicho do Mato (A Vingança do Bicho do Mato)

A(s) História(s):

Se La Fontaine vivesse em Évora no Séc. XXI e, em vez de pena e papel, usasse guitarras clássicas, acústicas, violas campaniças e bateria, poderia ter escrito – se não sobre o leão e o rato, o menino e a mula ou a lebre e a tartaruga – sobre outros animais bem mais actuais: as novas galinhas dos ovos de ouro, as vacas sagradas de agora, os patos psicopatas, as toupeiras que rastejam na lama e as doninhas perfumadas.

Se o ainda mais longínquo Ésopo dissertava na Grécia Antiga sobre as diferenças entre a cigarra e a formiga, os Bicho do Mato – que ainda assim são cigarras pela música e formigas pelo seu trabalho, escrevem sobre outros insectos e afins, cantando sobre aranhas coxas, moscas sem asas, libelinhas, e um raro escorpião amável. E se o nosso Bocage – também célebre pelo seu poema satírico “O Corvo e a Raposa”, bem como outras fábulas em verso do mesmo calibre – talvez se revisse nas raposas matreiras do Portugal de agora e nas ratoeiras que fintamos no nosso dia-dia.

O Disco:
“A Vingança do Bicho do Mato” é o primeiro álbum da banda eborense Bicho do Mato, que tem quatro pés: Daniel Catarino (voz, guitarra clássica, guitarra eléctrica, baixo, coros, latapau e sonoplastia), Tó Zé Bexiga (viola campaniça, guitarra acústica, teclados e coros), Zé Peps (guitarra acústica, guitarra slide, ukulelé, bandolim e coros) e Daniel Meliço (bateria cocktail), e que durante a gravação contaram com a colaboração de Ana Miró (voz e coros) e Pedro Pinto (coros e "trompete de boca"). E as canções que cantam – que toda a gente poderá começar a ouvir no início de Outubro – são fábulas adaptadas à realidade humana, política, social e cultural da primeira metade da segunda década deste século, em Portugal e no Mundo. E estas fábulas encerram uma moral? Talvez sim, talvez não… O melhor mesmo é perguntar-lhes.

A Música:
A música dos Bicho do Mato, essa, não é nenhum bicho de sete cabeças. Mas se acaso as tivesse, seis delas poderiam responder por nomes estrangeiros: Acid Blues, Psychedelic Rock, Grunge, Alt.Country, Heavy-Metal e Garage. Mas a sétima e maior – ou a primeira e a mais pequena, vá-se lá contabilizar – responde pela singela designação de Música Tradicional Portuguesa. Porque, se muitas vezes, é a enciclopédia (incompleta) do imenso universo do rock anglo-saxónico que se ouve, por outras vezes – muitas – é o assomo da nossa tradição musical rural que se ouve aqui e ali e mostra todo o seu esplendor. Seja num tema em que à voz se junta apenas uma viola campaniça, seja noutras ocasiões em que a mesma campaniça, o ukulele-irmão-do-cavaquinho ou o bandolim se intrometem decisivamente no meio dos seus primos eléctricos.

O Padrinho:
Nada disto não acontece por acaso. Como também não foi certamente por acaso que o Bicho do Mato nasceu em 2011, quando o realizador e recolector de muitas das nossas músicas Tiago Pereira desafia o músico Tó Zé Bexiga –já conhecido de outro grupo que junta os róques à tradição, Uxu Kalhus – a reunir outros músicos de Évora e gravar alguns temas originais para A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria. Tó Zé (Uxu Kalhus, NMB – No Mazurka Band, Ocarina, Bonecos & Campaniça) chamou à liça Zé Peps (Prós & Contras, Gasgânia, Hands on Approach, Pucarinho, Aqui Há Baile), Daniel Catarino (Uaninauei, O Rijo, Cajado, Long Desert Cowboy, Oceansea e em nome próprio) e Daniel Meliço (Pucarinho, Bandex), e a partir daí, dezenas de canções começaram a jorrar nos ensaios e nos trabalhos de casa… Mas, para já, são treze as que podemos ouvir neste disco.

A Vingança:
O primeiro álbum dos Bicho do Mato, “A Vingança do Bicho do Mato”, é editado em Outubro de 2016 pela AVM – Alain Vachier Music Editions, em parceria com a Capote Música.

António Pires

credits

released October 7, 2016

O Bicho do Mato tem 4 patas:

Daniel Catarino - voz, guitarra clássica, guitarra eléctrica, baixo, coros, latapau, sonoplastia.

Tó Zé Bexiga - viola campaniça, guitarra acústica, teclados, coros.

Zé Peps - guitarra acústica, guitarra slide, ukulelé, bandolim, coros.

Daniel Meliço - bateria cocktail.

com:

Ana Miró - voz em "Mãos de Aranha Coxa", coros em "A Toupeira"

Pedro Pinto - coros em "A Toupeira"

Todas as músicas por Bicho do Mato, letras por Daniel Catarino.

Bateria e guitarra clássica gravadas no Barn Studios por Filipe "Xinês" Caeiro em 2013.
Viola campaniça, guitarra acústica, guitarra slide, ukulelé, bandolim e teclados gravados no Estúdio 48 por Tozé Bexiga e Zé Peps em 2014 e 2015.
Vozes convidadas, segundas vozes, sonoplastia, guitarra eléctrica, latapau e baixo gravados no Estúdio Manta por Daniel Catarino em 2015.
Coros gravados no Estúdio Fazenda por Daniel Catarino, Tozé Bexiga e Zé Peps.
Voz principal gravada no Estúdio Resistência por Joaquim "Bob O Vermelho" Baetas em 2015.

Produzido por Bicho do Mato.
Misturado e masterizado por Marco Cipriano.

Ilustrações e grafismos por Alexandre Tavares.

Agradecimentos: Ana Miró, Pedro Pinto, Xinês, Bob O Vermelho, Marco Cipriano, Alain Vachier, PIM Teatro, Caracol Secreto Associação, Direcção Regional de Cultura do Alentejo, Luís Pucarinho, Wladimiro Guerra, Alexandre Tavares.

Um agradecimento especial a todos os que nos ajudaram na epopeia que foi completar esta obra. Às nossas famílias, amigos e fãs, que nos apoiam incondicionalmente. O Bicho do Mato pode ter 4 patas, mas move-se com a energia que vocês nos dão!

Agenciamento/Booking:
Alain Vachier Management
espectaculos.alainvachier@gmail.com
+351 969 034 922

www.bichodomato.pt
www.facebook.com/bichomato

(C) 2011-2016 Bicho do Mato (SPA)

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Bicho do Mato Evora, Portugal

"Com uma sonoridade distinta entre a música tradicional, o rock, o folk e a world music, o Bicho do Mato apresenta canções melódicas e acessíveis que contrastam com a crueza das palavras, atentas e aplicadas num cantar de intervenção mais humano que político, cantado e tocado em Português." ... more

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